O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) divulgaram, nesta quarta-feira (14), os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb) 2023, que avalia a qualidade da educação do Brasil nos anos iniciais e finais do ensino fundamental e também do ensino médio. Os 12 campi do IFSP avaliados nessa edição do Ideb conquistaram nota acima da meta estipulada, sendo que três deles entraram na lista das 100 melhores escolas públicas do País.  

O Ideb leva em conta o desempenho dos estudantes no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que avalia as disciplinas de matemática e de português por meio de provas aplicadas a cada dois anos, e, as taxas de aplicação escolar, com base no Censo Escolar. Com esses dois componentes é calculado o índice, que varia de 0 a 10. O Ideb conta apenas com escolas públicas federais, estaduais e municipais, uma vez que as particulares só entram no sistema por amostra. 

12 campi do IFSP participaram da edição 2023. Todos eles conquistaram nota acima da média 4,3 obtida pelas escolas públicas de ensino médio do Brasil, e também da meta 5,2 estipulada para o Ideb 2021. (Não houve um indicador de meta para a edição 2023 do Ideb porque não foi construído um novo modelo de avaliação pelo governo anterior, uma vez que o indicador era vigente até 2021.) 

Campi do IFSP avaliados pelo Ideb 2023: 

Dos 12 campi avaliados, três entraram para a lista das 100 escolas de ensino médio mais bem avaliadas do Brasil pelo Ideb 2023:

Veja a lista completa divulgada pelo jornal Folha de São Paulo.

Notas obtidas pelo Saeb em Língua Portuguesa e Matemática: 

Na avaliação do diretor de Educação Básica da Pró-Reitoria de Ensino do IFSP, Diego de Morais Salim, o diferencial dos Institutos Federais de todo o Brasil é o projeto de educação pautado numa formação integral. “Para nós, a profissionalização e a formação para a cidadania se misturam e formam uma coisa nova: a formação que percebe o sujeito dentro de todas as suas potencialidades”, explica. 

Uma curiosidade apontada por Diego é que dentro dos Institutos Federais, os cursos técnicos integrados ao ensino médio não treinam seus estudantes para fazer provas de vestibulares ou outras avaliações, mesmo assim os alunos costumam se sair bem nos testes. “A formação é tão consistente ao pensar no sujeito como um todo que os alunos acabam se saindo bem em todas as escolhas que fazem: para o mundo do trabalho, para provas de vestibular, etc.” 

Dentro desse sistema de formação integral, as possibilidades para os educandos são inúmeras. O diretor aponta que o currículo promove espaços de integração, a estrutura dos campi permitem outros espaços e tempos pedagógicos com a participação em atividades culturais, corporais, esportivas, grêmios estudantis, cursos de idiomas, projetos integradores de pesquisa, ensino, extensão, inovação.  

Os alunos têm acesso a muitas frentes de ação para além da sala de aula: laboratórios, visitas técnicas, grupos de literatura e tantos outros. “Então, os estudantes estão imersos em uma cultura educacional que olha pra esse projeto de uma maneira integrada e percebe cada sujeito como alguém completo”, reforça.  

Para Diego, esse modelo, somado ao corpo de servidores muito bem qualificados, contribui para os resultados positivos conquistados em diferentes áreas do conhecimento pela Instituição. “A equipe do IFSP permite que a execução das ações se aproxime muito ao planejamento delas”, finaliza. 

Índice 

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, “o Ideb funciona como um norte para as tomadas de decisões na educação básica, determinando o que deve ser melhorado no ensino, garantindo que a construção dos programas e das iniciativas seja feita de forma a assegurar o atendimento das necessidades da população.” 

Com informações do Ministério da Educação.